Parceira de diversas agremiações esportivas ao redor do mundo, a plataforma de Criptomoedas Iqoniq teve sua falência decretada, deixando de pagar todos dinheiro de patrocínio que devia a seus parceiros.
A empresa levou prejuízos milionários a federações/clubes como a LaLiga, a Real Sociedad, o Crystal Palace, o Olympique de Marselha, a Euroliga de basquete, a Federação Europeia de Handebol e a equipe da F1 McLaren.
Algumas dessas agremiações prejudicadas, inclusive, entraram com ações contra a Iqoniq. Como foi o caso do Crystal Palace, equipe de Londres que disputa a Premier League, que de acordo com o jornal inglês The Times, cobra da plataforma de cripto mais de 800 mil euros pelo patrocínio da manga da camisa da equipe.
A crise chegou a Iqoniq após um investimento, por incrível que pareça. A plataforma tinha conseguido um investimento de cerca de 100 milhões de euros em 2020, vindo da Lux Media Investments, empresa de investimento em startups e projetos com Criptomoedas. No entanto, os negócios foram afetados pela pandemia, fazendo com que o investimento fosse convertido em prejuízo, acabando com a Iqoniq.
Os outros prejudicados ainda não se pronunciaram oficialmente sobre valores de débito da empresa, no entanto, estima-se que todos eles já estão em processo de ação contra a marca para um indenização.
O site da Iqoniq segue no ar, no entanto sem nenhuma ação possível.
Falência da empresa levanta questão sobre regulamentação de projetos
Outro “problema” que surgiu do impacto da falência da Iqoniq, foi a regulamentação colocada em dúvida pela Premier League sobre as Criptomoedas.
A maior e mais rica liga de futebol do mundo colocou em cheque através de investigações e ações projetos de empresa de produção de ativos digitais.
O pedido legal por uma maior regulamentação das plataformas de criptomoedas também se deu pois a Premier League ainda não conta com regras específicas para esse tipo de parceria dos clubes com exchanges.
No entanto, no momento, metade dos clubes da Premier League possuem contratos com empresas de criptomoedas ou dos famosos Fan Tokens, esses presentes através de diversas empresas.
No fim de 2021 o Arsenal teve a venda de seus Fan Tokens bloqueados devido uma investigação em cima de seu acordo com a Socios.com e desde então não voltaram às atividades de venda.
Apesar do imbróglio, a Premier League recentemente acertou um negócio de aproximadamente 1 bilhão de euros pela venda dos direitos de imagem da liga para plataformas de Fantasy Game com NFT, como é o caso da Sorare, que com patrocínio com mais de 100 times, se esforçava pelo acerto com a Premier.
No Brasil, assim como na Premier League não existe uma regulamentação exata para esse tipo de patrocinio, algo como existe com os cassinos por exemplo.
Sendo assim, as empresas entraram fortes no futebol brasileiro. Como é o caso da Socios.com, que no Brasil, é parceira de times como o Atlético-MG, Flamengo, Palmeiras, Vasco, Corinthians, Internacional e São Paulo.