Atletas, clubes e o marketing com apostas esportivas e cassinos online

Não é incomum vermos hoje alguns atletas divulgando sobre apostas. Nas divulgações em geral, eles movem o público pela necessidade de competição e recompensas. Para o atleta, o bom resultado é uma forma de conquistar um status, demonstra que ele consegue ir além. Todavia, muito desse envolvimento não é uma simples relação de parceria com cassinos e casas de apostas. Muitos jogadores genuinamente gostam do tema.

E o envolvimento vai longe, sendo que 90% dos clubes de futebol Série A do Brasileirão também têm algum envolvimento com empresas de apostas esportivas. Internacionalmente, jogadores famosos de basquete, lutadores de boxe e outros disputam partidas de poker comumente, já para os brasileiros, um dos maiores esportistas atuais, Neymar Jr., é parceiro da empresa PokerStars.

A preocupação maior em torno deste tema, para especialistas, sempre está em relação a possibilidade de dependência do jogador, mais comumente vista como um vício generalizado em qualquer tipo de aposta.

Apesar de sites de cassino online renomados terem políticas de jogo responsável, com práticas mediadas por órgãos terceiros e de auto-restrição, o tema corre em congressos políticos quando se tratam dos estudos e novas versões de leis relacionadas aos jogos que esperam serem sancionadas ainda em 2022.

Há também atletas que acabaram com sérios problemas com os jogos. Algumas pesquisas indicam que essa motivação, nessas pessoas especificamente, as torna mais propensas para o vício e perdas financeiras severas. Os sinais são bem claros como:

– Preocupação excessiva com os jogos e sobre qual a próxima oportunidade de apostar;

– Mentir quando é confrontado sobre os hábitos de jogos;

– Perseguir as perdas na tentativa de recuperar o dinheiro perdido nas derrotas;

– Aumentar os valores das apostas para alcançar o nível de emoção desejado;

– Problemas de relacionamento e brigas ao ser confrontado sobre a situação financeira.

Essas são algumas das características de pessoas que são propensas ou já estão viciadas, mas o vício não fica só em jogos de apostas: Especialistas na área da psicologia afirmam que certas pessoas são mais propensas, na verdade, a qualquer tipo de vício que os tragam picos de dopamina. A competição e a vitória, relacionadas a uma aposta esportiva, comumente se torna só um dos problemas, resumidamente, para essas pessoas.

Todavia, com leis bem estabelecidas e regras de auto-restrição e outras questões impostas firmemente às empresas de apostas, caso venham se instalar em território brasileiro, o tema deve recorrer bem com as sanções, assim como é algo bastante normal e descentralizado, em todo o continente europeu. Hoje, as apostas são focadas principalmente em casas lotéricas da Caixa Econômica Federal e suas parceiras estaduais.

Há alguns anos pouco se falava do mundo das apostas na grande mídia, hoje, com a indústria global de apostas esportivas cada vez mais prestigiada, diferentes empresas e plataformas expõem as suas respectivas marcas em espaços publicitários de alto alcance: seja em eventos esportivos, sites, ou em intervalos comerciais na TV (aqui com canais como TV Globo, Band e outros).

Embora a maioria dos veículos de comunicação não sejam provedores de apostas, muitos deles já fazem um trabalho de iniciação no âmbito, divulgando as probabilidades de um possível vencedor de um jogo, por exemplo. É um diagnóstico fácil de fazer: os meios de comunicação abraçaram as apostas como uma forma de entretenimento, em que o seu público deseja fazer parte e interagir.

Além da questão da comunicação, os sites de apostas online estão sempre investindo para trazer não só mais jogos, mas também estão envolvidos em realidade avançada e outras tecnologias que empresas como a Meta, ou de videogames como a Epic, investem a passos largos.

Onde esses resultados vão dar, é impossível prever, mas as apostas estão relacionadas aos esportes e, não só isso, fazem parte da sociedade moderna, como um todo, sendo difícil simplesmente restringí-las, por fazerem parte do cotidiano mesmo que nas pequenas partes ou no subconsciente. O importante, todavia, é termos leis rígidas para que o desenvolvimento desses produtos seja adequadamente saudável para o ser humano nos anos vindouros.

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