Uma das maiores e mais icônicas escuderias da Fórmula 1, a Team Scuderia Ferrari, acaba de encerrar prematuramente um contrato de vários anos com a Velas Network, patrocinadora cripto do time que estava em risco econômico devido a falência de sua prole, a FTX.
De acordo com jornais italianos, a Team Ferrari não deu atenção às cláusulas relacionadas à criação de tokens não fungíveis (NFTs) de Velas, sendo que a mesma também supostamente estaria em dificuldades financeiras.
No momento, tanto a Ferrari como a Velas estão buscando ações legais para encerrar o acordo.
A equipe de F1 contratou a Velas como parceira premium em 2021 para ajudar a trazer colecionáveis digitais e experiências únicas para os fãs da escuderia. O logotipo de Velas inclusive apareceu no carro F1-75 da equipe e na pintura de seus dois grandes pilotos, Charles Leclerc e Carlos Sainz. Tal acordo foi avaliado em cerca de 30 milhões de dólares, cerca de 150 milhões reais.
A Ferrari também abandonou o parceiro de análise de dados Snapdragon, reduzindo ainda mais sua receita para a temporada, com mais um prejuízo avaliado em 25 milhões, 100 milhões de reais, totalizando até então 250 milhões de reais de prejuízo líquido.
NFTs na Fórmula 1 desapareceram
Durante a temporada de 2022, as empresas de criptomoedas cheias de dinheiro tentaram atrair o público rico da F1. Em setembro de 2022 inclusive, até 80% das equipes da F1 tinham patrocínios envolvendo a web3, com o Formula One Group fechado em um acordo de 100 milhões de dólares (500 milhões de reais) só com a Crypto.com.
Mas vários negócios foram para o ralo depois que colapsos notáveis levaram ao desaparecimento de 2 trilhões de dólares do valor de mercado das criptomoedas. A Coinbase e a Crypto.com demitiram proporções notáveis de funcionários, pois as condições macroeconômicas e a diminuição da confiança dos investidores ameaçaram os fluxos de receita vitais.
Isso tudo impactou obviamente nos esportes, que nos dois últimos anos vem sendo um dos grandes focos de patrocínio do universo web3.
Inclusive, a última Copa do Mundo, disputada em 2022 no Catar, teve como um dos grandes destaques de patrocínio e marketing a Crypto.com, maior companhia de negociação envolvendo ativos digitais do planeta.
Ainda na Fórmula 1, um dos grandes exemplos de fracassos envolvendo os patrocínios com Ativos Digitais, está a Team Mercedes, que suspendeu sua parceria milionária com a FTX logo após a bolsa ter pedido falência em novembro de 2022.